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ELIS - ABC

S obre la vida de Elis Regina, sem dúvida a maior cantora brasileira de todos os tempos, é contada neste filme biográfico com ritmo enérgico e pulsante.

Diretor de fotografia: Adrian Teijido, ABC

Diretor: Hugo Prata

Roteiro: Luiz Bolognesi , Vera Egito

Atuação: Andréia Horta , Gustavo Machado , Caco Ciocler

Nas palavras do próprio Adrian Teijido, executa uma longa metragem biográfica que é sempre um grande desafio. Uma quantidade de informação está disponível em um grande arco temporal que é difícil de ser trabalhado em um período de duas horas.

Isso também se responsabiliza pelo diretor de fotografia que trabalha, nas palavras de Teijido, "criando visualmente", ou mesmo, cujo trabalho é ousado ou roteiro e ajuda na forma de contar a história.

Para o filme Elis, como equipes de fotografia, estatueta e arte trabalham muito próximos com um desafio considerável: representar uma passagem do tempo do filme, que começou nos dois anos 50 e andou cabelos nos anos 60, nos coloridos 70 e termina entrando nos anos 80.

A cada poucas décadas é marcado por seus elementos estéticos únicos, bem como pela forma como somos representados no cinema. Mais para a equipe de Elis foi além: Procurei encontrar o cenário também na forma como foram gravados os próprios filmes das últimas décadas.

Uma característica principal que pautou essa forma de contar visualmente a transição do tempo para a evolução do uso dos núcleos. Das tonalidades monocromáticas à história irei ganhando cores e contrastes em suas roupas, paredes e luminárias nos próximos anos.

Não começo da carreira da Elis, no final dos anos 1950 e início dos 1960, temos uma luz mais dura, algo comum a nós filmes da época. Os jantares que você adora passear por São Paulo vão acabar representando um desafio diferente: as pixações vão acabar com uma sugestão do período e precisarão ser retiradas digitalmente na pós-produção.

Um jantar em cujo trabalho fotográfico se destaca é uma rápida sequência sexual em um apartamento escuro. Tudo de uma vez e filmado com uma câmera e iluminado por pouquíssimas fontes de luz, que recortam silhuetas e detalhes de dois corpos. No jantar chama a atenção cabelos de tamanho reduzido do local e pouquíssimos cortes.

Já na década de 1970, a presença da maioria dos núcleos chamaáticos invade o tecido, principalmente esculturas e cenografias. É todo iluminado com muito uso de geléias coloridas e câmeras que não nos preocupamos em esconder ou queimar as fontes de luz na caixa. Todos os dias, Elis se solta e se liberta como artista, ou acontece o mesmo que uma fotografia.

Com o passar do tempo, os corações ficaram mais sombrios, as noites dentro de dois bares mais turvas e os jantares com mais luz natural. O declinio da convivência familiar de Elis vai apresentando seus sinais por esses elementos, que parecem estourar junto com o personagem.

Os últimos filmes com Elis ao jantar representam a angústia e o alívio das suas horas finais; Fechamentos extremos, foco irregular, pouco rearranjo no movimento da câmera natural causa estranheza e colaboração com a aparência imponente de Andréia Horta.

Todas essas conversas mais do que justificam a premiação da Melhor Photography pelo voto do público em Elis e Adrian Teijido. Ou filme tem sua segunda exibição no domingo, 16, às 14h30.

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